No próximo mês a cobertura de gelo no Ártico deve apresentar a menor extensão já registrada, batendo o recorde anterior, de setembro de 2007.
Um fenômeno natural, as geleiras no Ártico retraem no verão, alcançando seu mínimo em setembro. Porém, nos últimos anos, este degelo tem sido cada vez mais extremo. Se o declínio continuar, os verões no Ártico podem não ter gelo em 2030, preveem pesquisadore.
Números do Centro Nacional de Dados sobre o Gelo e a Neve, de Boulder, Colorado, mostram que a atual extensão do gelo no Ártico é menor do que na mesma época de 2007, uma conclusão corroborada por informações do Instituto Meteorológico Dinamarquês.
"Não me surpreenderia se tivéssemos um [recorde] mínimo neste ano", comentou SeymorLaxon do UniversityCollege London, que publicou resultados de dados de satélite sobre o volume do gelo no Ártico. Eles indicam que, nesta oscilação entre inverno e verão, o Ártico perdeu até 900 Km cúbicos de gelo por ano desde 2004.
A baixa de 2007 foi intensificada por uma cobertura de nuvens abaixo do normal, com maior calor do sol alcançando o gelo.
Outros estudos provavelmente concluirão que condições anormais contribuíram também para a baixa deste ano. Uma nova análise indica que pelo menos 70% do gelo perdido entre 1979 e 2010 teve como causa o aumento da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera (Environmental ResearchLetters, DOI: 10.1088/1748-9326/7/3/034011).
Pesquisadores japoneses publicaram um artigo na edição de 9 de julho de 2012 do Geophysical Research Letters alegando que mesmo com melhorias nas modelagens climáticas, a cobertura de gelo ainda está derretendo mais rápido do que o previsto.
por Michael Marshall, do New Scientist
http://envolverde.com.br/noticias/degelo-no-artico-ruma-para-novo-recorde/
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