Foi aqui, neste vale tranquilo,
Entre os montes e o rio escondido,
Que, ha cem anos atraz, um pugilo
De emigrantes surgiu destemido.
Dos heróis palmilhando o roteiro,
Sôbre o solo, que audaz desbravou
Êsse grupo invulgar, pioneiro,
À semente de Brusque plantou
Sôbre as áreas fecundas da terra,
Que ao vigor do trabalho se rendem,
Pela várzea do rio, pela serra,
Pouco a pouco as lavouras se estendem.
E do chão brota a casa modesta,
Construída de palha e de lenho,
Conquistada vai sendo a floresta
Enche os ares o canto do engenho.
Do trabalho sem par do imigrante,
Com bravura e andar soberanos,
Surge Brusque viril e gigante,
Já passados que foram cem anos.
Terra minha! Só tens ocupado
Posição de relêvo, altaneira,
E teu nome, entre mil, é citado
Como Exemplo á Nação Brasileira.
Estrebilho
Salve Brusque imortal! No recesso
Dos teus vales, ressôa nos ares
O cantar triunfal do progresso
Pela voz singular dos teares.
Salve Brusque imortal.
(04.08.1860)
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