quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Superar a velocidade da luz é matematicamente possível
Este gráfico mostra a relação entre três diferentes velocidades: v, u e U. "v" é velocidade de um segundo observador medida pelo primeiro observador; "u" é a velocidade de uma partícula em movimento medida pelo segundo observador; e "U" é a velocidade relativa da partícula do ponto de vista do primeiro observador.[Imagem: Hill/Cox]
Velocidade superluminal
Matematicamente - e, por enquanto, apenas matematicamente - é possível fazer com que a Teoria da Relatividade Especial de Einstein funcione além da velocidade da luz.
É o que demonstraram James Hill e Barry Cox, da Universidade de Adelaide, na Austrália.
Embora a teoria de Einstein afirme que nada possa se mover mais rápido do que a velocidade da luz, os dois matemáticos desenvolveram novas fórmulas que permitem quebrar esse limite universal de velocidade.
"Nós somos matemáticos, não físicos, por isso abordamos o problema de uma perspectiva teórica matemática," disse o Dr. Cox. "Nosso trabalho não tenta explicar como isso pode ser feito, apenas como as equações de movimento devem operar em tais regimes."
Isso significa que, se alguém imaginar uma maneira de viajar a uma velocidade superior à da luz, o intrépido viajante agora já poderá contar com um velocímetro confiável.
O que os dois pesquisadores ressaltam é que sua teoria não contradiz a teoria de Einstein, apenas lhe fornece uma nova faceta.
Além de Einstein
Apesar do enorme sucesso explicativo da teoria da relatividade, os físicos costumam ficar incomodados em estabelecer limitações para qualquer coisa no Universo.
Assim, tem havido muita especulação sobre a superação da velocidade da luz.
O mundo científico levou um susto há alguns meses, quando um experimento parecia indicar que neutrinos podiam ter viajado mais rapidamente do que a luz, algo que se deveu na verdade a defeitos no experimento.
Neutrinos não superaram a velocidade da luz
Segundo o Dr. Cox, foi isso que os levou a pensar sobre como deveriam ser as equações se algum resultado experimental decidir negar a teoria de Einstein.
"Nessa altura nós começamos a pensar sobre como lidar com o problema de uma perspectiva matemática e física," disse ele.
Extensão natural
A Teoria da Relatividade Especial de Einstein foi publicada em 1905 e explica como movimento e velocidade são sempre relativos ao quadro de referência do observador.
A teoria conecta medições do mesmo incidente físico quando o acontecimento é visto a partir de pontos diferentes, de uma maneira que depende da velocidade relativa dos dois observadores.
As novas fórmulas agora deduzidas pelos dois matemáticos estendem a Relatividade Especial para uma situação em que a velocidade relativa pode ser infinita.
Isso permite que elas sejam usadas para descrever o movimento a velocidades mais rápidas do que a luz, as chamadas velocidades superluminais.
"Nossa abordagem é uma extensão natural e lógica da Teoria da Relatividade Especial de Einstein, e produziu fórmulas sem a necessidade de números imaginários ou física complicada," acrescentou o pesquisador.
Redação do Site Inovação Tecnológica
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